Monica de França

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Destaques

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

A Espiritualidade livre é para Todos, mas nem todos são para a Espiritualidade Livre

fevereiro 29, 2024 0

Espiritualidade livre, precisamos falar sobre isso 

A espiritualidade livre, é associada à busca individual de significado e conexão espiritual fora das tradições religiosas estabelecidas, não possui um ponto específico de início. Pode-se argumentar que ela tem raízes em movimentos filosóficos e religiosos ao longo da história, incluindo o transcendentalismo do século XIX, o movimento New Age a partir das décadas de 1960 e 1970, bem como várias influências orientais no Ocidente.

A espiritualidade livre é uma abordagem diversificada e pessoal, e as pessoas têm praticado formas de espiritualidade independente ao longo de muitos séculos. Sua popularidade cresceu à medida que mais indivíduos buscam expressar sua espiritualidade de maneira mais flexível e individualizada.



Depois dessa breve introdução vamos ao que interessa...
Estive passeando pelo Tik Tok  (porque sim aquele trem vicia que é um negócio né mesmo) e vi um zumzumzum a respeito de religião e espiritualidade livre, embora eu aprecie muito um bom debate para fins de conhecimento é triste ver que tudo está tão polarizado nesse mundo que se meu sistema presta o do amiguinho é que não vai prestar...

Outra coisa que é impressionante  ver é como vivemos a mercê do medo, e o mais bizarro nisso tudo é quando o medo passa a ser direcionado aos nosso guias, mentores, ancestrais ou a própria espiritualidade que vivemos.
Falta perceber que o medo é instalado a fim de exercer controle sobre o outro.
O que de tão terrível pode acontecer se eu acender uma vela para uma pombogira, vou morrer? Já passamos do ponto de entender que a morte não é o fim e sim o começo de uma transformação, vou atrair obsessor... presumo que se você quer acender vela pra pombogira você sabe como banir ou encaminhar quem se apresentar a você.

Mas enfim...
Espiritualidade livre sempre existiu, desde que o mundo é mundo, desde que o humano é humano, a conexão direta entre criatura e criador acontecia através do culto as forças da natureza, afinal para o homem tudo era expressão do divino, até que entendemos que poderíamos subjulgar o coleguinha.
Com o "desenvolvimento da sociedade" surge também a necessidade de sistematizar  a coisa toda, foram instituídos reis, sacerdotes e uma religião mais humanizada e menos divina.
Percebe que antes mesmo de tudo isso a espiritualidade livre já estava lá.



O movimento pautado em espiritualidade livre vem tomando força novamente porque de fato estamos vivendo um novo momento espiritual, a busca interior pela conexão com o divino de maneira pura e efetiva é o modelo do novo aeon.

Então porque tanto alarde?

Precisamos entender quem somos ao conduzir nossa espiritualidade, entender que durante várias vidas podemos ter vivenciado várias religiões e sistemas de crenças que fazem parte  de quem nós somos hoje, então porque escolher essa ou  aquela doutrina se todas mostram um único destino a iluminação.

A religião em si perdeu muito da sua essência real e diferente do que muitos pensam estar atrelado a esta ou aquela religião sem realizar uma boa reforma intima não nos levará a lugar nenhum.

Nossa espiritualidade é viva.

Então diferente do que é propagado a espiritualidade livre não visa confrontar religião, também não é algo sem fundamento e estrutura, quem opta por esse caminho é conduzido pelos seus próprios mestres e guias espirituais.
Achar que isso faz de nós arrogantes é pura bobagem, apenas temos um nível de consciência diferente e tá tudo certo, confiamos na nossa ancestralidade para nos mostrar o caminho e isso exige disciplina e desenvolvimento.

Como mencionei no título, a espiritualidade livre é para todos, mas nem todos são para a espiritualidade livre, muitos vão sim precisar que alguém os conduza, muitos vão sim precisar de alguém os oriente, mas tudo isso deve acontecer para que em algum momento ele seja responsável por caminhar com suas próprias pernas , conduzindo sua própria espiritualidade, executando assim a sua espiritualidade de maneira livre.


Assista esse vídeo

No fim caros amigos religião e espiritualidade não tem porque se opor uma a outra, cada um vai vivenciar aquilo que a sua consciência e momento de vida exigir.

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A resistência está te paralisando

fevereiro 22, 2024 0

Desbravando a Resistência Interna: Vencendo Desafios e Abraçando Mudanças


A jornada que nos impulsiona para a mudança muitas vezes parece uma escalada árdua, enfrentando resistências que surgem de dentro de nós mesmos.

Todo grande passo traz consigo a resistência, já tentou iniciar um projeto importante, mudar um hábito nocivo ou dar um passo significativo em sua vida?

Percebeu como a  partir de sua decisão parece que tudo se vira contra você para que não realize?

A resistência existe e é mais sútil do que você imagina. 

Vamos explorar as possíveis razões para essa resistência, entender o que está por trás dela e descobrir maneiras práticas de superar esses obstáculos.



As Raízes da Resistência Interna: Autoimagem e Conforto Psicológico

A resistência interna à mudança é frequentemente enraizada em nossas percepções sobre quem somos. A autoimagem pode se tornar uma barreira quando a ideia de mudança ameaça a narrativa que construímos sobre nós mesmos. Além disso, o conforto psicológico proporcionado por rotinas familiares pode criar uma aversão ao desconhecido, mesmo quando sabemos que a mudança é necessária para nosso crescimento.

Medo do Desconhecido e Insegurança Pessoal:

O medo do desconhecido é um catalisador poderoso da resistência interna. A incerteza sobre o que o futuro reserva pode desencadear ansiedade, levando-nos a hesitar em dar os passos necessários para a mudança. Além disso, a insegurança pessoal sobre nossas habilidades para lidar com novos desafios pode nos fazer recuar.

Dicas para Lidar com a Resistência Interna:

1. Autoconhecimento: Entender a si mesmo é o primeiro passo. Reflita sobre suas próprias crenças, valores e medos que podem estar alimentando a resistência. O autoconhecimento cria uma base sólida para a mudança.


2. Estabeleça Metas Claras: Defina metas específicas e alcançáveis. Isso proporciona um senso de direção e propósito, tornando a mudança mais tangível e gerenciável.


3. Celebre Pequenas Vitórias: Cada passo na direção da mudança é uma conquista. Celebrar pequenas vitórias ao longo do caminho ajuda a criar um impulso positivo e motivação contínua.

4. Mude a Narrativa Pessoal: Reconheça e desafie as narrativas negativas que podem estar alimentando a resistência. Transformar pensamentos limitantes em afirmações positivas fortalece a mentalidade para enfrentar desafios.


Livro Recomendado: "Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso" - Carol S. Dweck

Neste livro, Carol Dweck explora a mentalidade fixa e a mentalidade de crescimento. Ao entender como nossa mentalidade pode impactar nossa abordagem aos desafios, podemos desenvolver uma mentalidade mais aberta à mudança e ao crescimento pessoal.

Outra recomendação bacana é a palestra "Como Superar os Limites Internos" da professora Lúcia Helena Galvão, nesta palestra somos levados a refletir sobre a procrastinação e também sobre a manifestação sútil da resistência todas as vezes que buscamos realizar algo importante.


Enfrentar a resistência interna é uma jornada pessoal que requer autenticidade e coragem. Ao compreender as razões por trás da resistência, adotar estratégias práticas e buscar inspiração em recursos como "Mindset", podemos transformar a resistência interna em uma força propulsora para o nosso desenvolvimento pessoal e a superação de desafios internos. A mudança começa de dentro para fora, e cada passo em direção ao desconhecido é uma oportunidade de crescimento.


Para tratamentos complementares e limpezas energéticas
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

A religião e suas implicações no desenvolvimento da Psique humana

fevereiro 16, 2024 0

A religião sob um olhar psicanalítico 

Olá ceis estão bein?!

Neste post vamos falar um pouquinho sobre religião com base na monografia que desenvolvi para conclusão do curso de Psicanálise.

Entender o porquê de nutrirmos as práticas religiosas assim como seus impactos em nossa psique, pode nos ajudar em nosso processo de autoconhecimento (ao final do post você encontrará um link que traz o artigo original na integra).

Vamos lá!

O desamparo do homem, porém, permanece e, junto com ele seu anseio pelo pai e pelos deuses. Estes mantêm sua tríplice missão: exorcizar os terrores da natureza, reconciliar os homens com a crueldade do Destino, particularmente a que é demonstrada na morte, e  compensá-los pelos sofrimentos e privações que uma vida civilizada em comum lhe impôs. - Sigmund Freud, O futuro de uma ilusão

 

Ai Gerado, Ganesh, Deus, Ganesha, Hindu

 

Em uma publicação de 2018 o Site Super Interessante mostra que em média 11% da população se considerava ateia e não acreditava em Deus, ainda assim 89% da população mundial nutre algum tipo de crença religiosa, mas porque isso acontece?

Alguns estudiosos acreditam que a primeira manifestação religiosa surge em 1700 a 1100 a.c, porém existe ainda a possibilidade de que no período paleolítico práticas como enterrar seus mortos já fossem de certa forma uma manifestação religiosa, os primeiros homo sapiens sepultados de que se tem notícia remontam a cerca de 60.000 anos atrás.

Sob esta perspectiva a religião não parecia ter a mesma finalidade apresentada na atualidade.

Fato é que a religião existe, nós a criamos, assim como criamos os mitos, os deuses e a ideia de salvação.

A dependência religiosa segundo Feuerbach

“O sentimento de dependência é o único nome e conceito universalmente certo para a designação e explicação do fundamento psicológico e subjetivo da religião” (FEUERBACH, 1989, p. 34).

Ludwig Feuerbach – Wikipédia, a enciclopédia livre

Feuerbach foi um notável filósofo do século XIX, conhecido por sua grande influência sobre os pensamentos de Karl Marx e Freud, segundo ele se o indivíduo não morresse e não tivesse consciência da finitude das coisas nada seria capaz de justificar o surgimento da religião, assim sendo a busca pelo ato religioso é quase que instintivo, inato ao ser humano para que possa lidar com estas questões.

Feuerbach contesta ainda algumas teorias que definem o medo como o principal fator para o surgimento da religião, para ele não é o medo que gera a religião, antes ela surge pela dependência, pela busca de um ser divino que esteja objetificado fora do indivíduo “O medo é o sentimento da dependência de um ser sem ou pelo qual não sou nada” (FEUERBACH, 1989, p. 34).

Para ele o surgimento religioso se pauta na dependência, e como não podemos nos separar daquilo que dependemos, não vivenciar a religião seria como ser divino e não reconhecer nossa essência e por isso não ter sentido de existir, assim sendo Feuerbach entende que o não reconhecimento dessa dependência é o que faz de nós ateus.

Freud e a religião

Sigmund Freud – Wikipédia, a enciclopédia livre 



Freud acreditava que a religião era a mola propulsora capaz de desencadear as neuroses, conceito amplamente discutido em seu primeiro escrito sobre o tema: Atos obsessivos e práticas religiosas, em 1907(FREUD, 1906, p. 109ss).

Para ele, todo aquele que pratica um ato cerimonial ou obsessivo pertence ao mesmo grupo de pessoas que sofrem com as chamadas ideias, impulsos e pensamentos obsessivos, todos relacionavam-se à neurose obsessiva.
 
Embora seu olhar crítico tenha sido difundido durante muito tempo como uma barreira entre religião e psicanálise notamos que para ele era importante manter a neutralidade do conceito psicanalítico diante do contexto religioso.
“A psicanálise, em si, não é nem religiosa nem irreligiosa. É um instrumento sem partido, do qual podem servir-se religiosos e leigos, desde que o façam unicamente a serviço do alívio dos seres que sofrem”.
 

Carl Jung e a religião

Jamais alguma ciência substituirá o mito e jamais o mito poderá nascer de alguma ciência. Não é “Deus” que é um mito, mas o mito que é a revelação de uma vida divina do homem. Não somos nós que inventamos o mito, é ele que nos fala como “Verbo de Deus”. C.G. Jung, Memórias, Sonhos, Reflexões

 6 reflexões para entender o pensamento de Carl Jung - Revista Galileu |  Ciência



Enquanto Freud acreditava que a religião era a raíz das neuroses, Jung percebia as manifestações religiosas como naturais do inconsciente coletivo.

Para Jung a religião era mental e refletia a observação de poderes espirituais.
Em sua obra Psicologia e religião Jung busca uma correlação entre a psique e a religião, afirma ainda que é de suma importância a observação do contexto religioso pelos profissionais ligados a saúde mental, visto que seus conteúdo representam o que há de mais antigo e universal na mente humana.
 

Impactos da religião em nossa psique


Falar sobre a religião é algo desafiador, primeiro porque este tema abrange muitos outros e reduzir sua magnitude a uma fatia do bolo nem sempre é uma tarefa fácil.

É fato que ao longo da história humana a religião tomou um novo sentido de ser, quando observamos a prática religiosa de nossos ancestrais percebemos que de fato eles pareciam ter o desejo de exteriorizar a divindade que se escondia dentro de cada um deles, talvez porque a projeção os fizesse compreender seu papel na natureza.

Vemos ainda a criação de deuses humanizados através das mitologias e percebemos mais uma vez a projeção de características internas sendo atribuídas as divindades, isso é interessante, pois como imagens arquetípicas muitas vezes elas despertavam na mentalidade humana também tais poderes.

Durante a criação do artigo original falei um pouco sobre o  cristianismo e como ele se tornou  um divisor de águas no âmbito religioso, pois a partir daí o objetivo primordial da religião parece ter se perdido, deste ponto em diante religião e política tinham a função de submeter o homem a um poder supremo.

Freud trata toda essa construção de ideias religiosas como neurose obsessiva e de fato suas teorias têm todo sentido de ser, embora a religião em essência tivesse uma função nobre, a muito tempo não cumpre seu papel.

Quando observamos a constituição do sujeito e percebemos todas as influências que o mesmo recebe do meio em que vive não há como negar, a religião sim influencia a psique humana, e se isso se pautasse na busca pelo autoconhecimento, na compreensão do porquê de sermos humanos sem dúvida a religião assim como sugeria Jung seria um excelente suporte terapêutico.

Porém, o que vemos é um sistema que reprime, castra e sufoca toda e qualquer expressão do desejo humano, deturpa o conceito de sexualidade, demoniza as ações decorrentes das sombras que também fazem parte de nós, penso… quão doentio isso pode ser.

Além de toda esta problemática vemos também que muitas vezes o próprio sistema religioso rouba do indivíduo sua identidade, sua autonomia, privando-o de exercer sua liberdade em prol de um chamado líder que agora define o que ele pode ou não fazer com base nos dogmas e muitas vezes em sua própria vontade.

A necessidade humana em suprir a ausência de um pai às vezes tira do indivíduo sua racionalidade e com isso ele passa a se submeter a qualquer um com quem de algum modo se identifique mesmo que este não tenha a menor condição de conduzi-lo.

Se há implicações? Com certeza há.

Com isso não podemos invalidar a fala de Jung e até mesmo os benefícios que a prática religiosa promove a alguns de seus adeptos, seja através da alteração do seu estado atual ou pela esperança de quem um dia suas dores cessem, a questão é que ao longo do tempo a religião foi banalizada e assumiu vestimentas que não condizem com aquilo que inicialmente se propunha, por isso proponho ainda mais um questionamento, será mesmo que a religião é quem promove os benefícios, ou isso se dá pelo contato com o “espiritual” independente do contexto religioso.
 
 
O artigo que disponibilizei aqui neste post traz vários pontos de vista, partindo de vários estudiosos sobre a religião, de maneira a compreender os impactos religiosos na psique humana.
Confesso que me senti muito feliz em poder realizar essa pesquisa visto que fiz parte do movimento religioso durante quase 20 anos  e sempre me questionei sobre tudo o que esse sistema de fato representava.
Claro, com isso não tenho pretensão de atacar a fé de ninguém, mas sim promover reflexão!
E digo mais, se você faz parte de um sistema religioso estude a fundo seus fundamentos, tire suas próprias conclusões, olhe além daquilo que é imposto a você como verdade absoluta.

Este post foi um breve resumo sobre o tema por isso recomendo que você leia o artigo completo.

Beijo da Musa das sombras.

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Hécate: Uma jornada pelos mistérios da deusa | Minha experiência

fevereiro 14, 2024 0

Lua, Magia e Encruzilhadas: Uma imersão ao mundo sombrio da deusa das bruxas

 

Seja bem-vindo!

Este é o primeiro post de uma série relacionada a divindades, iniciando claro por aquelas com as quais tive experiências místicas, mas antes de falarmos sobre a Grande Senhora das Encruzilhadas gostaria de fazer algumas considerações:

  1. As informações que precedem os meus relatos são apenas para contextualizar os fatos sobre a divindade em questão, sendo assim, pesquise a respeito, busque informações históricas, este post não tem como objetivo trazer toda a historicidade sobre a divindade, mas sim relatar minhas vivências.
  2. Aqui você não encontrará verdades absolutas, o caminho espiritual é subjetivo e cada ser humano irá ter sua própria experiência espiritual.

 Ressalvas feitas vamos ao post! 😊


Deusa Hécate

Hécate, figura enigmática da mitologia grega, emerge como uma deidade intrigante e multifacetada, cujas raízes remontam aos titãs Perses e Asteria. Sua complexidade se manifesta na representação tríplice, vinculando-se às fases da lua e às encruzilhadas. Ao desvendar a trama intrincada de sua história, compreendemos a essência de Hécate como uma divindade cósmica, abrangendo os reinos celestial, terrestre e subterrâneo.


A dualidade marcante de Hécate transcende as fronteiras da luz e das trevas. Ela personifica as transições, os limiares e a essência das encruzilhadas, tornando-se uma guia entre os mundos. Seu papel inclui desde a proteção de viajantes até a facilitação de rituais mágicos. Assim, a deidade revela-se como uma guardiã e catalisadora de transformações.

Os atributos simbólicos de Hécate adicionam camadas profundas à sua representação. Sua tríplice forma reflete a influência sobre os três reinos, enquanto tochas, chaves e serpentes simbolizam iluminação espiritual, acesso aos mistérios e renovação cíclica. Esses elementos, entrelaçados em sua iconografia, oferecem uma visão rica da riqueza simbólica que permeia sua essência.

Na contemporaneidade, Hécate continua a inspirar práticas espirituais e mágicas. Seu apelo transcende as eras, atraindo bruxos e praticantes de magia que a invocam em busca de orientação, proteção e compreensão dos mistérios mais profundos da existência. Ela se torna uma aliada em rituais para lidar com transições, superar obstáculos e explorar os aspectos mais profundos do ser.

Para estabelecer uma conexão prática com Hécate, diversos rituais podem ser explorados. A reverência durante as fases da lua é considerada propícia, com ênfase nas crescente, cheia e minguante. Oferecer símbolos como chaves e serpentes, ou acender tochas em seu nome, torna-se uma expressão simbólica de devoção e respeito à sua influência.


As oferendas a Hécate podem variar, e a escolha muitas vezes está associada aos símbolos e atributos que são significativos para ela. Algumas oferendas tradicionais incluem:


1. Chaves: Como símbolo de acesso aos mistérios e transições, oferecer chaves a Hécate representa a busca por conhecimento e a abertura de portais.


2. Tochas: Dado que tochas são um dos símbolos mais associados a Hécate, acender uma vela ou tocha em sua honra simboliza a iluminação espiritual e a presença da deusa.


3. Comida: Oferendas de comida, especialmente aquelas associadas à lua, como bolos, frutas da estação ou ovos, além de alho e cebolas, podem ser apresentadas como gestos de gratidão e respeito.


4. Ervas e Plantas: Ofertar ervas como aloe vera, artemísia, lavanda ou mandrágora, que são associadas à magia e proteção, é uma prática comum para invocar a presença de Hécate.


5. Serpentes: Dada a associação de Hécate com serpentes, representações simbólicas ou imagens desses animais podem ser oferecidas como homenagem.


6. Incenso: O uso de incenso, especialmente de tipos como mirra, sândalo ou artemísia, pode ser uma oferenda aromática que simboliza a comunicação espiritual e a elevação espiritual.


É importante notar que a escolha das oferendas pode variar de praticante para praticante, e muitos adaptam suas oferendas com base em intuições pessoais e experiências espirituais. O respeito e a intenção sincera são fundamentais ao fazer oferendas a Hécate.


Minha experiência 

A Primeira divindade com a qual me conectei foi Ela a deusa das bruxas, eu havia iniciado meu caminho nos estudos mágicos, mas já estava a tempos no caminho do despertar.

Não, eu não realizei qualquer invocação a princípio, nem mesmo tinha a intenção de trabalhar com esta deusa, me lembro de ter criado uma breve conexão com Perséfone, então quando Hécate se apresentou fiquei um tanto surpresa.

Eu sou uma bruxa que trabalha com magia para autoconhecimento, sendo assim meus ideais acabam indo além conseguir bens materiais,  percebo que este era o intuito dos grandes magos do passado, a alquimia interna, então quando o discípulo está pronto o Mestre aparece.

O ano era 2021, foi quando ela se apresentou para iniciarmos os trabalhos de sombras, Hécate é uma deusa das sombras, sendo assim criamos uma relação muito especial, pois ao trabalhar debaixo de sua guiança pude confrontar meus monstros ocultos (dai vem o pseudônimo Musa das Sombras) pois foi nas sombras que eu me reencontrei comigo mesma.

Depois de nossa conexão meus sonhos ficaram muito mais intensos, símbolos surgiam, visões sobre iniciações mágicas, zumbidos no ouvido, sincronicidades, mariposas marrons (um dos símbolos dela).

Apesar de ter lido diversos artigos sobre ela eu não quis me prender a experiências que outras pessoas tiveram com ela, quis agir de maneira intuitiva, deixar que ela guiasse o processo, talvez tenha sido por isso que me afinizei tanto a ela conforme os trabalhos foram acontecendo.

Uma das maiores lições que aprendi com ela é que na Magia não há espaço pro medo!

Meus trabalhos com Hécate sempre foram muito intensos, quando ela se aproximava eu sabia que literalmente o bicho ia pegar, e pegava!

Ainda que ela fosse severa no final ela sempre se mostrava acolhedora.

 

Quem é Hécate para mim?

Se eu pudesse descreve-la diria que Hécate é uma presença que jamais passa desapercebida, por ser uma deusa das sombras sempre vi ela com uma vibe mais trevosa (coisa que eu amo), ela não é boazinha, com isso quero dizer que comigo ela tinha certa severidade para que eu pudesse desenvolver a força que eu precisava, ela iluminava cada canto mais sombrio da minha alma sem passar a mão na minha cabeça e quando tava muito difícil eu podia sentir o abraço acolhedor dela.

Hécate para mim é uma energia feminina que traz firmeza, que me ensina a não ter medo das sombras, que me ensina a nunca empurrar nada pra baixo do tapete por pior que seja a dor que isso vai me causar, ela me mostra que por mais que lidar com meus traumas seja difícil eu é quem estou no controle e não o contrário.

A vejo como a mãe rígida, mas acolhedora, a vejo como aquela que ilumina, não há nada que escape da luz das suas tochas.

Hécate é uma guardiã maravilhosa, mas não pense que é fácil lidar com sua energia, ela traz muita profundidade pro trabalho mágico.

Por ter sido a primeira deusa a se aproximar eu realmente tenho um carinho especial por esta divindade, costumo ainda hoje celebrar o dia de seus Fogos sagrados que acontece na lua cheia de maio, e mesmo hoje estando em maior conexão com outras divindades atualmente sempre recorro a ela em meus trabalhos de sombra, melhor companhia não existe.

 Meus trabalhos com a deusa

- Trabalho de sombras

- Proteções e banimentos

- Desenvolvimento de habilidades em magia

- Direcionamento e abertura consciencial


Falar sobre Hécate me emociona!

Lembre-se que nunca é demais consumir conteúdos que te ensinem mais sobre a divindade antes que você escolha trabalhar com ela, além disso SEMPRE use seu senso critico em relação as informações que você encontrar por ai e mais...

NADA ABSOLUTAMENTE NADA substitui suas vivências com a deusa!

Não é impossível que ela se achegue a você caso exista um trabalho a ser realizado!

PS:

As vezes me preocupa um pouco a banalização que existe em torno dessa divindade principalmente por ser a deusa das bruxas e uma das divindades mais cultuadas da atualidade, obviamente cada um faz o que bem entender no seu caminho mágico, mas não poderia finalizar este post sem alertar sobre a responsabilidade que precisa existir quando você escolhe se chamar bruxa e principalmente quando opta por trabalhar com divindades, elas não tem características humanas (são energias, as características humanas somos nós quem atribuímos a eles), não tem ego, não são boas nem más, então precisamos tomar cuidado para não transferirmos pra divindade nossas fantasias.

Com isso não quero dizer que você deva nutrir medo, isso não, mesmo porque não há espaço pro medo na magia, você deve sim estudar, praticar e experienciar mas sempre fazendo um bom trabalho de autoconhecimento.

O perigo não está em trabalhar com divindades, o perigo está em não se conhecer dentro do desenvolvimento mágico.

Bom espero que vocês tenham gostado deste post, caso tenham perguntas deixem aqui nos comentários.

Beijo da Musa das Sombras.



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